Gêneros digitais em sala de aula: o que é preciso saber sobre o assunto?

Aderir aos gêneros digitais em sala de aula vem sendo um divisor de águas entre o ensino tradicionalmente aplicado pelos professores e o reconhecimento dessa nova linguagem como elemento de aproximação e aprendizado de crianças e jovens nas escolas.

Com o avanço tecnológico, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) permitiu incorporar os gêneros digitais como estratégia para promover o processo de ensino e aprendizagem e ampliar a competência comunicativa dos estudantes,  de forma interativa e vigiada, para que seja colaborativa e agregadora.

Este post traz o conceito dessa nova ferramenta educacional, como ela se aplica e se integra à realidade das escolas e sua contribuição para tornar o aprendizado mais fluido e próximo dos alunos, que cada vez mais se comunicam no ambiente virtual.

O que são os gêneros digitais?

Para entender melhor o que são os gêneros digitais, precisamos contextualizar os gêneros textuais tradicionais, acompanhar a evolução e transformação da figura de comunicação e, ainda, como a fusão dessas duas abordagens propiciou um melhor aproveitamento em sala de aula.

Se antes os conteúdos de estudos da língua portuguesa eram extraídos apenas de textos publicados em livros, panfletos, jornais, revistas, dicionários, gramáticas e demais materiais palpáveis, agora, todo esse material impresso divide a atenção com ferramentas mais velozes de comunicação, como WhatsApp, Telegram, chat, e-mail, blogs,  fóruns de discussão etc., que foram denominados gêneros digitais. A era digital inaugura novos espaços de aprendizagem.

Como utilizar os gêneros digitais em sala de aula?

A inovação tecnológica é um caminho sem volta, e adequar a produção e a interpretação de textos aos gêneros digitais em sala de aula tornou-se mais um grande desafio para os professores.

Os gêneros digitais estão sem dúvida alguma apoiados na escrita – não há como fugir dessa realidade -, mas o contexto tecnológico reúne texto, som, gráficos e imagens, e isso exige maior capacidade interpretativa do leitor. Além de habilidade com as palavras, os gêneros digitais exigem rapidez e eficácia na interpretação de outros elementos. Formas, cores, sons, ícones, tudo é significativo e interfere na comunicação. A cada nova solução virtual introduzida no mercado, surge uma interação que demanda adaptação.

É fundamental estimular a participação dos alunos quando eles manifestam o desejo de aprendizado, independentemente das ferramentas utilizadas para alcançar os objetivos propostos. Se os gêneros digitais colaboram para agregar valor ao conteúdo, podem e devem ser incorporados à grade curricular de ensino.

As redes sociais — Facebook, Instagram, Twitter — deram maior liberdade de expressão às crianças e aos jovens, pois a maioria já tem perfil pessoal e acesso a conteúdos avançados, que os fazem interagir e queimar algumas etapas muito além dos limites estabelecidos nos ambientes tanto familiar, quanto escolar.

Sendo assim, a BNCC entende que é preciso dar vazão às mais variadas formas de diálogo que favoreçam a interatividade de maneira plena, enfatizando a absorção da tendência como uma intervenção social, capaz de provocar o desenvolvimento do senso crítico e opiniões pautadas em valores como ética e honestidade.

Qual é o impacto dos gêneros digitais em sala de aula?

A presença de tecnologias é inevitável e inaugura a cada dia novos espaços sociais e novos espaços de aprendizagem. Os professores podem aprimorar sua prática pedagógica, pautando suas aulas em fundamentos interacionistas e tecnológicos visando ampliar as competências comunicativas de seus alunos.

Isso significa que envolver o aluno e fortalecer os laços afetivos e a educação socioemocional deve ser premissa da escola atual, com base na fomentação da inteligência e na visão humanista das relações, portanto, todo e qualquer tipo de recurso que sugerir maior adesão pode ser adotado de forma estratégica.

O uso dos gêneros digitais em sala de aula provoca um estreitamento genuíno na relação entre professor e aluno, uma vez que a linguagem empregada tem apelo universal, ritmado pela velocidade de propagação da informação.

O foco deve permanecer no aprendizado, com uma proposta versátil de aplicabilidade das ferramentas tecnológicas, de acordo com o desempenho e o engajamento da turma. Se os gêneros digitais forem capazes de abrir o campo de visão e ideias com alto índice de aproveitamento, devem ser considerados dentro das disciplinas.

Aplicação

O professor, que é a autoridade máxima dentro de sala de aula, deve exercer uma função mediadora e conciliadora, fundamentada pelo empirismo e pelo desejo de fazer da tecnologia uma aliada na preparação de crianças e jovens para a vida e para um mundo de possibilidades.

Entendem-se os gêneros digitais como infraestrutura material, como aquilo que emerge e nos alcança, mas que deriva um universo muito maior por onde é possível navegar – o ciberespaço. Assim, é preciso ter clareza de que o controle e direcionamento do pensamento já não cabem nos limites geográficos da escola e tampouco na grade curricular preestabelecida, pois a interferência constante das mensagens  contidas nos textos digitais é oriunda de todas as partes do mundo.

Muitas dessas mensagens são produzidas de forma irresponsável e equivocada, cabendo à escola filtrar e discutir sobre a importância de apuração da veracidade das informações disponíveis nos canais de comunicação. Resistir a esse mundo pode ser ainda mais perigoso, pois o jovem despreparado para navegar em ambiente digital, não desenvolve a criticidade necessária, não   compreende muito bem o acesso não linear e seletivo às informações, nem as relações de coautoria que se estabelecem em hipertextos.

Quanto maior a proximidade entre a escola — intermediada pelo professor —  e o aluno, em consonância com sua percepção de mundo e de como ele interage com o volume de informação produzidos , mais fácil será introduzir o conteúdo obrigatório sem que ele se sinta pressionado.

Quanto à produção textual, o estudante logo aprende que a suposta liberdade da Internet é cerceada pelo público, pelo suporte e também próprio gênero digital que pode impor restrição ao formato, número de linhas e até mesmo de palavras em uma publicação. Buscam-se cada vez mais proficiência linguística e eficácia na comunicação.

Sabendo que as práticas pedagógicas já não têm o formato convencional das escolas do passado, a melhor alternativa será caminhar para um futuro tecnológico, conectado e acelerado, em consonância com o novo sentido que a informação traz para as relações sociais e pessoais dentro e fora da escola.

A modernização e a renovação da linguagem escrita sob a ótica das ferramentas digitais aumentam o grau de satisfação e motivação de cada aluno, fazendo com que ele aprimore e aguce habilidades específicas.

A Escola da Inteligência é um programa educacional que objetiva desenvolver a educação socioemocional no ambiente escolar, oferecendo um conceito novo, focado totalmente no Bem Humanista, com inserção dentro da grade das escolas.

Fundamentada na Teoria da Inteligência Multifocal, elaborada pelo Dr. Augusto Cury, a metodologia promove, por meio da educação das emoções e da inteligência, a melhoria dos índices de aprendizagem, redução da indisciplina, aprimoramento das relações interpessoais e o aumento da participação da família na formação integral dos alunos.

A Escola da Inteligência está em franco crescimento no mercado, com atendimento de cerca de 130 mil alunos na área privada e 50 mil na área pública e disponibiliza 150 colaboradores de diversas áreas para dar suporte a todas as instituições.

A Teoria da Inteligência Multifocal engloba uma visão das áreas de psicologia, filosofia e sociologia, estudando como funciona a mente humana e o que está por trás do comportamento.