Há vinte anos anos foi fundado em Goiânia o Colégio Jesus Maria José. Fruto dos anseios da comunidade local, e pertencente à Rede Jesus Maria José de Educação, o colégio cresceu e se solidificou. Hoje é instituição reconhecida e respeitada. A tradição de seu trabalho se expressa em ações de contemporaneidade e olhar promissor para o futuro.

Percussor de grandes ideias e realizações o colégio vive hoje seu momento de afirmação da identidade educacional. É responsável pela efetivação de um trabalho sério e ético, pautado na legitimação de valores cristãos e em uma ação educativa de qualidade que respeita a unidade e a diversidade, de maneira solidária e fraterna.
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Saiba como ajudar na inteligência emocional dos filhos na adolescência

 

Cada indivíduo possui seu próprio perfil psicológico e comportamental, que faz com que cada um encare diferentemente as situações da vida. No processo de amadurecimento da criança até chegar à adolescência, as mudanças hormonais, as experiências já acumuladas e a participação em variados grupos sociais torna esta uma fase delicada, mas igualmente rica.

 

Nesse sentido, mais uma vez a família é chamada a oferecer suporte ao ser em formação, ajudando-o a gerenciar a nova paleta de emoções com que começa a ter contato e a inserção no mundo adulto, com as exigências e particularidades de nossa época. A hoje tão discutida (e já banalizada) inteligência emocional é o passaporte para uma existência mais feliz, equilibrada e plena de significado.

 

Para entender um pouco mais por que e como a família toma parte no processo de desenvolvimento dessa habilidade mestra — a inteligência emocional — prossiga a leitura!

 

O que é a inteligência emocional?

 

Quando se fala em inteligência, de imediato pensamos em competências cognitivas, isto é, relacionadas à construção de conhecimento e à resolução de problemas. No entanto, este é apenas um entre uma miríade de outras formas de inteligência, pouco ou nada exploradas (tampouco valorizadas) pelo paradigma educacional tradicional e a cultura em que estamos imersos. A exemplo delas, temos as ligadas à sociabilidade humana e à capacidade de lidar com as próprias emoções, as quais, associadas a ramificações, passou-se a chamar de inteligência emocional.

 

Ela abrange a empatia, a compreensão dos sentimentos, o controle de impulsos, a persistência diante de frustrações, a resiliência — habilidade para recuperar-se de dificuldades ou adaptar-se a mudanças —, a automotivação e a motivação do outro. Estas são competências que passam por um processo de amadurecimento emocional que deve ser encorajado desde a infância.

 

Mas e quando a adolescência já chegou? É possível estimular o desenvolvimento dessa potência? Como a família pode cooperar? Passemos a 3 sugestões básicas:

 

Estabeleça um bom relacionamento

 

O primeiro passo para trabalhar a inteligência emocional dos adolescentes é estabelecer um bom relacionamento com eles. Para isso, é importante que os familiares tenham respeito pelos jovens, colocando-se à disposição para ouvi-los e entender suas opiniões, valores e angústias, quer dizer, exercitando empatia para com eles. Sentindo-se respeitados em seus pontos de vista e contemplados no estabelecimento de normas e regras de conduta (começando pelo lar), os adolescentes tendem a manifestar menos resistência, e a energia para a contestação da realidade é mais bem canalizada. Na prática, baixam a guarda, sentem-se reconhecidos em sua dignidade humana, o que eleva sua autoestima e solidifica sua identidade.

 

A partir da paciência e compreensão, a família pode criar um vínculo de confiança mais consistente com o adolescente. É fundamental que o jovem confie para que possa considerar as orientações da família e recorrer a ela quando necessário. Sobre este alicerce, o adolescente e seus familiares podem buscar, juntos, soluções para lidar com os problemas, anseios e frustrações próprios da adolescência. Isso favorece o autoconhecimento e a capacidade de resiliência do jovem.

 

Mantenha diálogo constante

 

Tendo um bom relacionamento com o jovem, a família tem a oportunidade de manter com ele um diálogo aberto, o que contribui para o seu desenvolvimento emocional e social, já que boa parte da aprendizagem humana ocorre pela interação. A permissão para debater e questionar leva o adolescente a perceber diferentes aspectos da vida em sociedade, observando como se dão as relações entre as pessoas e se situar no mundo.

 

Além disso, o diálogo é a ferramenta central para resolução de conflitos familiares, o que a torna, em si mesma, uma habilidade que põe a inteligência emocional em exercício. É bastante comum que, na adolescência, as visões sejam divergentes das dos adultos. Em vez de reduzir essa postura a um mero caso de autoafirmação ou rebeldia sem causa — como frequentemente acontece — por meio da conversa, adolescentes e familiares têm a chance de ouvir as opiniões uns dos outros, sem a obrigatoriedade de um consenso. Eis a arte do dissenso com amor!

 

Dialogar, enfim, auxilia no controle dos impulsos, na prática da tolerância e na experiência da alteridade, que quer dizer estar ciente da legítima existência de um outro além de si próprio, disciplinando o instinto ancestral de encarar a diferença como ameaça.

 

Equilibre liberdade com limites

 

Na adolescência, é comum que os jovens sejam curiosos, envolvam-se com diversas atividades e busquem por aceitação, expressões naturais do desenvolvimento humano. Oferecer espaço para que ele exercite sua autonomia para fazer escolhas e agir em sociedade é papel, antes de tudo, da família.

 

Assim, agir no sentido de auxiliar o desenvolvimento da inteligência emocional do adolescente é dialogar exercitando a escuta, propor limites sem imposições, encontrando um equilíbrio entre a condução segura e a liberdade para que ele experimente, erre, construa suas indagações e percepções próprias. É, enfim, amar, se tomarmos este dom em toda a sua sublime proposta de permitir que cada um se torne quem de fato é, renunciando ao hábito de buscar no outro nossa imagem e semelhança.